sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Meus novos condicionadores favoritos


Continuando a série de postagens sobre as modificações na minha rotina de tratamento capilar, não poderia deixar de falar dos produtos que tenho usado nos cabelos.

Como eu já falei em outros posts aqui do blog, eu uso o condicionador como leave-in, o que significa que eu aplico no cabelo e deixo secar sem enxaguar. Eu também sigo uma rotina de low poo, ou seja, uso xampus suaves e condicionadores e máscaras preferencialmente sem silicone, ou então com amodimethicone, que causa menos acúmulo nos fios.

Contudo, quem pratica low poo conhece o drama de o seu produto favorito sumir das prateleiras porque foi descontinuado, ou ainda pior, ter a sua fórmula alterada com a adição das substâncias proibidas para a rotina, como parafina líquida e petrolato.

Foi justamente o que aconteceu com os meus condicionadores favoritos! Alguns deles sumiram, outros foram "contaminados" com parafina líquida, e eu e todas as outras adeptas do low poo fomos ficando sem opções de condicionadores de farmácia. Por conta disso, só me restaram duas boas opções de condicionadores silicone free encontrados facilmente em farmácias ou lojas de produtos para cabelo. 




Oro Argan Monoi (Bioderm) - condicionador de consistência grossa, dá uma ótima cobertura ao fio. Achei muito bom para o método LOC porque segura a hidratação dos fios por vários dias. O cheiro talvez não agrade a todos, pois ele lembra um cheiro de ervas ou talvez do próprio óleo monoi (que eu nunca cheirei pra saber se tem o cheiro parecido mesmo!). O preço dele também não é muito convidativo, se comparado aos demais produtos de farmácia: gira em torno de R$ 15. Apesar disso, o resultado final vale a pena, já que o desempenho dele também é acima da média dos produtos de farmácia. 






Quina Rosa (Haskell) - também tem uma ótima consistência e cobre bem os fios, sendo muito bom para o LOC e para o método da Teri La Flesh. O cheiro é bem suave e lembra o perfume de um sabonete daqueles que a gente usava antigamente! O preço dele é menos convidativo (eu paguei mais de R$ 20 em uma embalagem de 300ml), mas o resultado final também é super válido. No momento, ele é a minha opção número um de condicionador silicone free!






Eventualmente, eu uso um ou outro produto com silicones, algum gel ou fixador diferente, mas como até agora foram apenas experiências, prefiro não comentar sobre eles por enquanto.


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Até quando será que poderemos contar com bons produtos silicone free nacionais que não sumam das prateleiras ou sejam "batizados" com petrolatos? Veremos as cenas dos próximos capítulos da nossa saga capilar...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Minha rotina atualizada - finalizando com twists


Já se passou muito tempo desde que escrevi sobre a minha rotina de cuidados com os cabelos. De lá pra cá, algumas coisas mudaram: formas de aplicação dos produtos, os produtos em si, o meu cabelo... Então deixa eu contar o que ando fazendo atualmente!

Atualmente ganhei um dia a mais livre para me dedicar aos cuidados com os cabelos (eba!). Por isso, passei a lavar os fios duas vezes na semana. Sempre após o xampu, uso uma máscara de tratamento (que varia de acordo com o meu humor e com o que eu acho que o cabelo precisa) e aproveito para desembaraçar os fios enquanto a máscara age. Após o enxágue, eu retiro o excesso de água dos fios enrolando uma toalha na cabeça (quando a toalha encharca, eu costumo trocá-la por uma camiseta velha de algodão para continuar secando). Com os fios úmidos, eu sigo aplicando um óleo e finalmente o condicionador que uso como leave-in, de acordo com o método LOC.

No momento da finalização, tenho experimentado técnicas novas, além de simplesmente deixar secar e prender em um penteado protetor. Durante um mês, finalizei fazendo twists finos, que eu já falei sobre aqui no blog. Agora, ainda tenho inventado com twists, mas de outras formas! 


Twists grossos frouxos – esses twists tem a vantagem de manter o aspecto natural dos meus cachinhos, mas diminuindo um pouco o encolhimento e consequentemente o embaraço. Para isso, eu mantenho o cabelo separado em 8 ou 9 mechas e faço twists frouxos com cada um delas, mas deixando as pontas soltas, para que não percam o formato natural dos cachinhos. Após secar completamente, eu desmancho os twists. O resultado final é um cabelo alongado como se fosse um day after, após dormir com o cabelo preso com a técnica do banding à noite. Eu me inspirei neste vídeo para fazer os meus twists frouxos. 

O resultado é mais ou menos esse, em termos de comprimento:


Twists grossos esticados – essa técnica aqui é o pulo do gato pra quem tem cabelo comprido, mas não vê o real tamanho dele por causa do fator encolhimento! Ainda separando o cabelo em 8 ou 9 mechas, dessa vez eu aplico menos creme/leave-in/condicionador do que o usual. Após fazer cada twist, eu o prendo em um bantu knot ou coquinho, para que ele não encolha, e sigo fazendo o próximo, até completar a cabeça toda. Com todos os twists prontos, eu pego cada um deles, esticando ao longo da cabeça e prendendo a ponta com um grampo. Neste vídeo você pode ver onde me inspirei para fazer os meus twists esticados.


Se os fios estiverem devidamente úmidos e a quantidade de creme não tiver sido excessiva, na manhã seguinte os fios estarão secos. Aí é só desmanchar os twists com cuidado, para não levantar muito frizz, e curtir o cabelão! 



Pode parecer óbvio, mas custa nada lembrar que eu faço os twists depois do LOC! Para facilitar a separação dos fios, eu já divido meus cabelos em mechas antes de lavar, e mantenho essa divisão até o momento da finalização. Após soltar os cabelos já secos pela manhã, é possível fazer penteados diferentes, que o cabelo 100% encolhido não permitiria.


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Essas técnicas com os twists são particularmente especiais para quem tem cachinhos bem definidos, mas super apertadinhos e encolhidos. Experimente as técnicas e conte qual foi a sua favorita!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Scab hair: o estranho cabelo pós big chop


Quando acabamos de fazer o big chop e cortamos todo o cabelo com química que resta, podemos achar que finalmente chegou ao final a nossa saga e que agora é só curtir as alegrias que o cabelo natural proporciona. Mas, para nossa, surpresa, damos de cara com um cabelo meio estranho, áspero, bem mais seco e difícil de lidar do que imaginávamos. Muitas vezes, isso acontece simplesmente porque não sabemos como é nosso cabelo natural e criamos expectativas fora da nossa realidade capilar, em termos de textura do fio e tamanho dos cachos. Contudo, esse cabelo “estranho”, que é experimentado por muitas pessoas que acabaram de cortar toda a parte com química, pode ser o que as gringas chamam de scab hair

Scab hair é aquele primeiro cabelo, mais rígido, áspero e seco, que cresce logo após interrompermos o uso de relaxamentos e alisamentos. Ele é um cabelo que vem justamente naquele período em que o couro cabeludo está se reajustando e se recuperando dos procedimentos químicos que costumávamos fazer. Como passamos muito tempo usando estes produtos, às vezes desde a infância, acabamos não sabendo como nossos fios de cabelo são, de fato, e confundimos o scab hair com o nosso “verdadeiro” cabelo natural. Era ele, afinal, que nos fazia querer sair correndo para o salão retocar a raiz ao menor sinal de crescimento na época dos relaxamentos – quem nunca achou que o cabelo era “duro” por causa daquela raiz alta e sem forma que crescia?

Não há nada que prove cientificamente a existência do scab hair e nem todo mundo que passa pela transição experimenta isso. Mas há quem acredite que a presença do scab hair está ligada a quanto tempo passamos usando químicas nos cabelos. Especialmente nós, que temos cabelos crespos ou encarapinhados e fazemos relaxamentos e alisamentos desde cedo, somos justamente as que mais notam esse cabelo mais problemático.


Dicas para lidar com o scab hair
Hidrate, hidrate, hidrate – o scab hair é, sobretudo, um cabelo seco, sedento. Hidrate bastante o seu cabelo nos primeiros meses após o big chop. Tratamentos profundos com máscaras potentes e xampus suaves são muito bem vindos. Uma boa maneira de selar e reter a hidratação nos fios é o método LOC.

Use óleos vegetaisalém dos óleos vegetais que já são usados no método LOC, você pode lançar mão também de umectações e massagens com óleo vegetal no couro cabeludo. Ao aplicar óleo nos fios, coloque sempre uma quantidade maior naquela parte mais ressecada e necessitada.

Tire as pontasa única maneira de “se livrar” do scab hair é cortando. Vá aparando as pontinhas om alguma frequência, ou, se preferir, após vários meses, faça um corte mais significativo no seu cabelo para retirar a tal parte “estranha” e revelar o seu cabelo natural “de verdade”.

Seja paciente o scab hair é um cabelo mais sensível, que requer mais paciência nos cuidados e na manipulação. Também não há como acelerar o crescimento do cabelo para que se possa cortar logo todo o scab hair fora, o mais rápido possível e de uma vez só. Não é à toa que o processo de volta ao natural das crespas e encarapinhadas costuma ser longo - há quem relate ter enfrentado a condição do scab hair por cerca de 6 meses ou mais. 


Minha experiência com o scab hair
Eu, pessoalmente, experimentei o scab hair quando nem sabia que ele “existia”. Na época em que tirei as tranças e comecei a usar o cabelo natural solto, percebi que um pedaço do meu cabelo, justamente os últimos 5 ou 6 centímetros das pontas, eram muito diferentes do cabelo mais próximo à raiz. Na época, pensei que fosse pela falta de cuidados durante os 5 anos em que usei tranças (porque eu era completamente sem noção e não me preocupei em tratar do meu cabelo neste período!). Hoje em dia, eu imagino que parte daquela textura diferente talvez fosse mesmo causada pela falta de cuidados, mas que na verdade só agravou a situação do scab hair.


Tenho para mim que o scab hair possa estar ligado à agressividade das químicas em relação ao nosso couro cabeludo. Sei que não fui a única a experimentar feridas bem sérias no couro que surgiam após a aplicação de relaxamento. Fico imaginando o quão difícil é a pele do couro cabeludo se regenerar após anos e anos dessas agressões! E como qualquer parte da pele que é ferida, ele muito provavelmente não voltou a ser o mesmo de antes do machucado...



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E você, já experimentou ou está enfrentando o scab hair?



* Fiz esta postagem após um bate papo começado pela Alissan Paixão no grupo CrespiiiiissimO.os, do Facebook. Se você quiser saber mais sobre o assunto, clique aqui, aqui e aqui.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Dúvidas da leitoras - Parte III



Depois do hiato pelo qual passou o blog, tirei do fundo do baú as dúvidas que mandaram pelos comentários! É sempre bom responder as dúvidas de uma maneira que todo mundo possa ler - afinal, alguém pode ter perguntado o que você sempre quis saber mas não tinha pensado ainda!

Que produto você usa para reconstrução?
Uso a máscara Anti Age, sempre após uma outra máscara que seja bem emoliente - pois é, eu faço o inverso do que a maioria faz! :)

Misturinha de pantenol
Eu já usei a misturinha de pantenol no borrifador, pra umedecer as pontas quando necessário. Mas é preciso tomar cuidado para não saturar os fios com a mistura. Acho que o mais seguro é diluir uma quantidade bem pequena de pantenol, caso a misturinha seja usada diariamente

Produtos para twists
Para twists pequenos como esses, eu gosto de usar a misturinha de manteiga de karité. Para twists maiores, eu uso qualquer creme que esteja acostumada na finalização.

Sobre o método LOC
Não é obrigatório esperar algum tempo entre as etapas do método LOC. Só é bom se certificar de que o cabelo não esteja muito encharcado antes de passar o óleo. Se vc sai com ele molhado direto do chuveiro, é bom secar com uma camiseta velha ou toalha o excesso de água e deixar os fios úmidos. Se você borrifa a misturinha de água com pantenol, também é bom não encharcar os fios com ela.
Algumas pessoas gostam de colocar óleo vegetal no couro cabeludo, outras não. Eu não tenho mais colocado. No LOC, eu aplico o óleo primeiro nas pontas e vou espalhando para o comprimento em um movimento de enluvar.

Creme de manteiga de karité 
O creminho de manteiga de karité pode ser usado tanto no cabelo quanto na pele. Na pele, eu uso em quantidades bem pequenas, principalmente nas áreas que são naturalmente mais ressecadas: joelhos, cotovelos, pés, calcanhares etc. A pele não fica oleosa porque o creminho deve ser bem espalhado e com o movimento ele “desaparece”.
Minha mistura de manteiga de karité continua em bom estado mantendo-a e um pote fechado, ao abrigo da luz e do calor, dentro do meu armário. Vou usando no dia a dia ao longo de algumas semanas e não percebo alteração de cor ou cheiro.

Secador
Antes de usar o secador, é bom se certificar que o cabelo está o mais seco possível, isto é, úmido. Por isso, é sempre bom deixar secar por algum tempo antes de aplicar calor, ou, se não for possível, tirar o máximo do excesso de água com uma toalha ou camiseta velha de algodão. Também é bom usar o secador na temperatura mais baixa, com o bico do difusor ou, caso não tenha, a uma distância de pelo menos 15 centímetros do cabelo. Eu costumo colocar a minha mão na frente do jato que direciono pros meus fios e a uso como “termômetro”; ao menor sinal de desconforto na minha pele por causa do calor eu mudo imediatamente de mecha.

Lavo o cabelo no tanque, e agora?
Eu às vezes lavo meu cabelo no tanque porque acabo interditando o banheiro em dias de lavagem! Mas o processo é o mesmo; a única diferença é que jogo a cabeça para frente para poder molhar com a água da torneira.

Método da Teri e volume
O método da Teri tira mesmo o volume do cabelo, mas ele vai sendo recuperado com o passar dos dias (pelo menos no meu cabelo é assim). Também é possível usar um condicionador que seja mais leve e que não pese tanto, ou ainda usá-lo em menor quantidade.

Protegendo os fios curtos na hora de dormir
Quem tem cabelos curtos, dependendo do comprimento, tem algumas opções. Se estão muito curtinhos, a fronha de cetim dá pro gasto. Se estiverem um pouco maiores e correrem o risco de embaraçar durante a noite - principalmente quando a pessoa se mexe muito durante o sono - o lenço de cetim é mais apropriado. E se estiverem curtos naquela fase em que já dá pra prender, é possível fazer banding separando mechas e prendendo cada uma delas com xuxinhas - e cobrindo com o lenço ou dormindo com a fronha de cetim, é claro!

Crescimento dos cabelos
Dica para crescimento dos cabelos começa com a letra P: PACIÊNCIA! O que parece falta de crescimento é na verdade falta de retenção do crescimento. Todos os tipos de cabelos tem, basicamente, o mesmo ritmo de crescimento. Para mais detalhes sobre crescimento dos cabelos, veja esta postagem.
Qualquer cabelo crespo/encarapinhado tende a crescer primeiro “pra cima”, e conforme vai ganhando tamanho costuma “tombar” para os lados. Mas isso varia de cabelo para cabelo. O meu só “tombou” quando, esticado, chegou nas costas, na altura da axila.

Será possível fazer uma transição com química?
Bom, pra mim, “transição” é justamente deixar as químicas transformadoras e passar a usar o cabelo virgem, natural. Algumas pessoas acham que fazendo permanente afro podem conseguir igualar as pontas à raiz. No entanto, um cabelo com permanente afro continua sendo um cabelo com química, porque o permanente nada mais é do que o mesmo produto usado para relaxamentos e alisamentos, só que aplicado de forma diferente. Selagem térmica, pelo que sei, é um procedimento que alisa os fios em algum grau. Logo, não parece razoável uma pessoa que queira o cabelo natural de voltar fazer uso disso... As maneiras mais seguras para passar pela transição estão detalhadas neste post.

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